quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Este inferno interior!


(Publicado originalmente em 27 de Janeiro de 2008)


Quero poder uma vez na vida não sentir dor, esse inferno interior.
Quero poder uma vez na vida não me sentir a pessoa mais horrível
Por me entregar aos sentimentos. (Vãos sentimentos!)
Quero poder matar, antes que me matem!
Quero poder errar, antes que me decepcionem.
Quero uma vez na vida não sentir todos os sintomas
Os horríveis sintomas de todo relez apaixonado...
Afugentar as borboletas. (Saiam, vocês precisam desaparecer daqui...)
Necessito de idéias claras, concretas, sãs, sobre todas as minhas teorias de toda uma vida...
Será que é possível um equívoco? Eu, sempre tão seguro de mim mesmo...
óh, que venha a morte. Que venha a tempestade!
Já não sou mais dono de mim!

E esse ciúme? Porque me consome?
Qual o fundamento?
Cortem minha cabeça. Roubem minha alma.
Quero ser são, saudável, dono de mim mesmo.
É possível? Responda-me já.
Não posso mais viver assim,
Com a dúvida tomando lugar de cada molécula
Do ar que eu respiro!

Talvez médico algum tenha a cura para tal doença.
Eu farei meu próprio antídoto.
Serei o pioneiro. Talvez este me leve à morte...
Mas eu me recuso a negá-lo (a humanidade necessita do anti-vírus.)

Mas talvez o veneno não seja de todo um mal!
Talvez eu seja uma criança chorando no colo da mãe, com medo do chão
Uma espécie de ser aterrorizado
Com pânico, terror, de tudo o que me está acontecendo!

Estou andando no escuro
Não sei onde as pedras estão
Não sei se elas existem
Não sei quando vou tropeçar
Não sei ao menos como são tais empecilhos!
Sei somente que caminho, de olhos fechados...
À procura de minha alma, tão perdida alma
Que não conhece os perigos da estrada!

Meu coração bate rápido.
Minhas lembranças afloram,
Meu estômago se revira!
Não posso sentir minhas pernas, não sei se ainda as tenho!
Sintomas da doença.
Elementar meu caro!

Queria poder gritar ao mundo
Bradar aos quatro cantos:
"Você não vai me ferir! Eu lhe proíbo, infermo mundo
Eu vou te explodir, com a bomba mortal dos sentidos
Dos verdadeiros sentidos. Eu lhe nego hoje...
Amor, impiedoso amor!
Peste que me faz sorrir, para me apunhalar pelas costas.
Não confio em vós!"

Tome minha dama, Pegue meu cavalheiro
Leve-os para longe de mim! (Mais longe...)

Já não sei o que se passa...
Já não sei o que fazer!

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